quinta-feira, 21 de maio de 2009



Dia 19 de junho, sexta, vai rolar mais um Noites Rock Alive.
Para essa edição teremos os paulistanos do Milocovik, com seu Indie Rock de primeira e os Sorocabanos do Encore Break com seu Grunge-Folk revigorante.

Milocovik
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"É, então, tem gente que explode aquela buchinha esbranquiçada da
Maria Sem Vergonha. Gozado, né? Tem, sim. Gente que dança jazz
sozinho, que adora filme pornô, ou prefere ficar perdido no suspense
de um quadrinho. Ou diz "míni" quando quer dizer "completamente".
Sei, sim. "Míni-apaixonado". Eu mesmo conheci gente assim. Quer
dizer, gente que sentou para tomar cerveja, fazer amigos e ficar mais
velho, gente que elogiou Rakes, chutou o balde para falar de Lynch e
quebrou palminha logo no primeiro show do Bazar Pamplona. Com
entrada pela Jaú. Pode ser? Não sei direito, nem escolhem para acon-
tecer, saem falando, e fazendo, e, quando atinam, tá tudo feito já.
E batizado de Milocovik, num aniversário do Cláudio, em 2006. Mais
um ep de algumas músicas, uma letra em três idiomas e idéias que...
Às vezes confundo o nome, com tantos apelidos. Se é Toni, Gus ou
Tonini. Se é aniversário do guitarrista, ou cumpleaños da própria ban-
da. Vai saber. Gente que não fica parada. Que, pulando, flutua numa
seqüência de fotos tiradas contra o céu. E tem cachorro com nome de
roqueiro, piada cafajeste, tatuagem no braço inteiro, dúvidas sobre
fimose e uma coleção de absurdos. Que coisa, hã? Não, não. Eu?
Eu, não! Sou sortudo só - e não perco show que seja
dessa banda de amigos meus."

Rodrigo Maceira | from "Si no puedo bailar no es mi revolución" label.



Encore Break

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Sabe quando alguma coisa demora pra acontecer? Sem essa de sentar e esperar, ou mesmo bater a cabeça na parede, corra atrás e faça.

Há pelo menos uns seis, sete anos atrás eu sempre encontrava um garoto na praça em frente minha casa tocando seu violão, até que um dia cheguei e disse: “Cara, você vai ter uma banda de rock e vai gravar discos ótimos”. O garoto encontrou um parceiro à sua altura, um cara com uma vontade absurda de fazer música e, juntos formaram a tal banda.

Encore Break aconteceu na hora certa.

Fizeram boas canções e foram lapidando uma a uma durante shows, ensaios e mudanças na formação na banda, e agora que o quinteto está firme e sólido podemos dizer que as canções criaram vida própria, e que por isso, precisavam ser compartilhadas com você.

Entraram em estúdio no segundo semestre de 2008 para registrar seu primeiro trabalho, e pelo que pude ouvir eles conseguiram exatamente o que queriam, temos a calmaria de uma tarde de verão na Califórnia, temos a fúria de Seattle em meados de 92, o cheiro de novo e aquele gosto do Bourbon quando lentamente degustado. Não vou falar de influências, isso é mais interessante quando vem de dentro, se você tiver influências boas como as deles certamente vai perceber muito de muita coisa, e coisa muito boa.

Ouça o EP “About” e me diga se não é esse o caminho.

Por Rodrigo Ricardo Rodrigues



3º Noite Rock Alive

Com as bandas:
Milocovik(São Paulo)
Encore Break(Sorocaba)
Sexta feira, dia 19 de junho
Black Label Society Bar
Av. Eugênio Salerno, 213 - Sorocaba - SP
Entrada: R$7

mais informações:

terça-feira, 19 de maio de 2009

texto por: Maurício(Tijolo)
clique nas fotos das bandas e acesse os myspace.



Foi uma tarde bem ensolarada, de um final de semana frio, pra começar descrevendo com um clichê que o acontecido, que aqui vai ser contado, merece ter.

As 3 da tarde, num parque em Sorocaba, começou-se a descarregar amplificadores, bateria, guitarras, baixos e dois geradores movidos à gasolina dos porta-malas. No meio da grama ao lado da pista de skate foi montado tudo e um menino perguntava se alguma banda iria tocar algum som punk do guns’n roses...

Mais amigos foram chegando, sentando na grama, esperando o som começar, comemorando ao ver os geradores pegarem no tranco, e compartilhando um pouco da preocupação de que aquela apresentação, não oficial dentro da virada cultural de Sorocaba, poderia ser interrompida a qualquer momento pela polícia.

Mas de repente lá estava o Ari, vocalista da Encore Break, contra o sol, cantando as primeiras músicas e iniciando uma coisa que parte dos que estavam lá esperaram alguns anos pra ver acontecer. A idéia é simples, mas todo esse tempo nunca sobrou dinheiro, foi preciso esperar para que se encontrassem as vontades e a maneira simples de se pensar de cada um que estava ali ajudando.


Enquanto ia passando a apreensão do início, o folk rock da Encore foi embalando a bela visão dos moleques sentados na borda da pista, das pessoas que paravam no meio do caminho que levava ao show do Jorge Aragão, pra ouvir músicas que, se não fosse naquela ocasião, dificilmente poderiam ouvir, não só pela falta de interesse dessas pessoas pelo rock ou pelos músicos da própria cidade, mas também pelo paradigma da “cena” dos barzinhos que, mesmo impossível de viver sem, acaba recebendo sempre o mesmo público e prendendo as bandas num estranho estado de semi-reconhecimento.



Logo depois das belas melodias do Encore Break a figura de Rodrigo Ricardo, sem voz, tomou os microfones e fez a melhor apresentação da Inventiva que já vi! Mesmo que os próprios devam discordar de mim. Todos haviam tocado três dias seguidos e não tinham dormido, da guitarra base não se ouvia quase nada e mesmo assim o punk groovado, completamente sarcástico e gritado, com letras cada vez mais ácidas, foi a sujeira que muitos olhos vidrados que não entendiam bem o que acontecia ali estavam esperando há muito tempo ouvir da merda (com ou sem alho) de uma banda de rock!


Ia anoitecendo, muitos ficaram sentados olhando, outros mesmo com pressa paravam pela curiosidade, muitos só pelo fato de ver uma bateria e amplificadores arrumados no meio do parque esperavam pra ver o que ia acontecer.


Quando eram 18h30 o Ini começou a se espalhar pela grama, ocupando o espaço que por maior que seja acaba se tornando pequeno. Sempre carregando com eles a idéia de que a catarse não é só a conseqüência de uma apresentação, mas é a apresentação em si, esparramaram pelo parque, mesmo com todas as dificuldades de um equipamento de som pequeno, suas músicas densas, pesadas, com melodias tão marcantes e intensas quanto a entrega deles próprios à própria música...



Se dizem que a cidade de Sorocaba é lugar de ótimas bandas, desse dia em diante ela pôde passar a ser também o lugar de boas idéias e de uma postura honesta e de pau durescência... Postura essa que é hoje uma das poucas maneiras que resta pra se fazer a música, poesia, arte ou escambau, num mundo engessado pelo excesso de informação e a vontade publicitária de ser conhecido antes mesmo de dizer alguma coisa.


Abaixo um vídeo feito pelo Henrique Ravelli (INI):




quinta-feira, 14 de maio de 2009


(Clique na imagem e acesse o myspace)

Release: A idéia nasce em 1998 com Raimein, desempregado, ocioso, empresta uma pedaleira de efeitos, um microfone, um teclado e guitarra, compõe e grava as primeiras Demos: "sickman", "hey you", "man of god" e "down" usando o processo de sobremontagem com duas fitas k-7 num duplo deck. O resultado foi uma fita gravada e distribuída para os amigos da época entitulada "Expo Dirty", onde rendeu bons ensaios, mas nunca saiu da garagem. Sem parceiros para dar continuidade ao projeto electro-rock, em 2001, Raimein deixa o dark-rock de lado e entra na banda The Fortunetellers http://www.myspace.com/thefortunetellers e nela toca guitarra até 2007.

2008 é o ano de retomar o projeto electro-rock, desta vez com: Clandersound (Baixo), Inacio AMB(guitarra/prog) e Raimein (guitarra/prog/teclado-sinth).

A banda lança no site "Fiberonline" da UOL, em novembro de 2008 seu primeiro single: "Constrói & Destrói" - onde se lê uma clara crítica ao abandono da Cultura e da História da cidade de Sorocaba, e alcançou (na semana de lançamento) o 3o. lugar de downloads no site [http://www.fiberonline.com.br/blog/2008/11/4125]

Fevereiro de 2009 é lançado o segundo single: "I told you", desta vez no myspace.

01/Maio de 2009 é lançado pelo selo virtual Phantasma13 um tributo à banda pioneira do electro-rock no Brasil: Harry & the Addicts. A Transgressão contribui com a faixa "Spreaded" composta em 1986 por Johnsson/Di Giacomo e conta com a participação de Marcos Stefani nos beats.


Segue aqui a faixa:


A Coletânea toda você encontra aqui:

http://www.phantasma13.com/harry_tributo.html